sexta-feira, 12 de abril de 2013




Subsecretaria de Educação
Coordenação de Educação Especial

Programa
Pedagogia Hospitalar
e
Atendimento Pedagógico
Domiciliar

Você sabia que a criança hospitalizada(o) ou impossibilitada de ir a escola tem direito à educação?

 
O que é Pedagogia Hospitalar?

       
É o atendimento educacional destinado aos alunos internados no hospital, ou tratamento ambulatorial prolongado. O trabalho tem um foco pedagógico a fim de desenvolver potencialidades cognitivas, promover a socialização e a continuidade do processo de aprendizagem. O fazer docente no ambiente hospitalar muitas vezes requer adaptações curriculares e busca parceria com as escolas de origem do aluno, minimizando os efeitos traumáticos da internação por meio da construção do conhecimento.

Onde o Programa acontece?

No Hospital Getúlio Vargas Filho (HGVF) e no Hospital Universitário Antônio Pedro, de segunda a sexta-feira de 13h às 17h.

        A equipe, além do trabalho pedagógico realizado no hospital, participa de reuniões semanais de planejamento e formação continuada.

O que é Atendimento Pedagógico Domiciliar?


O Atendimento Pedagógico Domiciliar se constitui de uma modalidade de educação que visa garantir o direito a educação ao aluno que esteja em permanência prolongada em domicílio, estando condicionado a impossibilidade de locomoção ou restrição de contato entre o aluno e a escola.

A Unidade Municipal de Ensino que detectar a falta excessiva do aluno e constatar que o motivo seja saúde pode solicitar o atendimento domiciliar à Coordenação de Educação Especial. O trabalho realizado no Atendimento Pedagógico Domiciliar segue lógica semelhante à do Programa Pedagogia Hospitalar no que tange ao trabalho articulado com as escolas. Neste caso, o professor participa de reuniões de planejamento da Escola de origem do aluno buscando realizar a integração curricular.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Piolhos coletivos

Minha filha Luísa, que tem paralisia cerebral, devia ter uns seis ou sete anos quando a matriculei no ensino regular. Antes passou por algumas escolas especiais, desde a chamada “estimulação precoce”. Tenho péssimas lembranças dessas escolas. A sensação que eu sempre tive foi: “a gente finge que é uma escola e vocês fingem que têm um filho na escola“.

Crianças “amarradinhas” em suas cadeiras, com milhões de cintos de segurança, superprotegidas, onde é impossível se levar um tombo. E impossível também se desenvolver. Até uma criança sem deficiência não se desenvolveria naquelas condições.

Silêncio deprimente. Nenhum som de gargalhada infantil. Nenhuma criança fazendo zona.

Um dia, a professorinha me disse: “Ah, eu adoro essas crianças especiais“. Foi como se eu tivesse ouvido “Ah, eu adoro cachorrinhos“. Penso que professora não tem que gostar de criança com deficiência. Professora tem que gostar de (e ter o maior saco com) criança. Tendo ela deficiência ou não.

Dia seguinte cheguei mais cedo e vi um quadro na parede onde apareciam, num ranking, estrelinhas para cada nome de aluno da classe. Perguntei a professorinha o que era aquilo e ela me respondeu que as crianças ganhavam estrelinhas de acordo com o comportamento.

Por exemplo: se fizessem xixi ou cocô na sala, não ganhavam estrelinhas naquele dia, caindo para os últimos lugares da lista. Aquilo não me cheirou nada bem.

Não é por meio de competição que uma criança aprende a controlar o esfíncter. Sorte da Luísa que ainda usava fraldas full-time naquela época.

Aos poucos eu fui ouvindo um mosquitinho que zumbia duas palavras no meu ouvido: “escola comum”.

E ainda sem saber o tamanho do barulho nem nada sobre leis ou movimento inclusivo, queimei a mufa para decidir. Passei as férias inteiras só pensando nisso. Até que resolvi matricular a Luísa numa escola sócio-construtivista que minha filha mais nova freqüentava.

Conversa com diretoras, professoras, auxiliar e tal. Luísa matriculada. Na primeira semana me liga a diretora, com voz meiga e gentil:

Sabe o que é… dá pra você mandar um paninho… pra gente colocar na grama. Porque quando as crianças vão para fora da sala e a Luísa vai junto…a grama pinica, fica molhada de sereno.

Eu respondi no mesmo tom meigo e gentil:

Olha… sabe o que é… deixa a Luísa sentir que a grama pinica, que o orvalho molha…

A diretora ficou muda do outro lado, sem saber como reagir. Este foi o episódio que iniciou minha militância inclusiva.

A experiência com essa escola foi gratificante, no geral. Logo nos primeiros dias de aula, Luísa voltava para casa com uma expressão diferente. Mais viva! Mais ligada e exuberante. “Cheia de si“, eu dizia na época. Outra criança.

No fim do ano, infelizmente, tive que mudá-la de escola porque a diretora havia me dito que no próximo ano Luísa não poderia mais ir sem fralda. Estávamos na fase da retirada. Então, volta e meia, escapava um xixi e ela tinha que ser trocada (sofás e carpetes de casa foram para o lixo). Na classe, havia uma auxiliar, que era uma graça e adorava a Luísa. Mas acho que não havia auxiliar na série seguinte (primeira série).

Para não pôr fim a iniciativa de tirar a fralda (parecia que só eu acreditava que isso seria possível), tive que tirá-la da escola (hoje agiria de outra forma).

Sempre lutando contra a superproteção, agora das escolas regulares, conseguimos praticar a inclusão até bem pouco tempo, quando Luísa, ao completar 13 anos, foi morar durante um período de sua vida com o pai (o que também é um trabalho inclusivo).

Ele, numa opção, a meu ver, retrógrada, matriculou-a em uma escola especial. Só me resta lamentar e torcer para que, vivenciando a situação, ele mude de mentalidade. Tenho feito intensa campanha para que isso aconteça.

Mas para explicar o título, conto uma passagem da Luísa em uma escola municipal aqui de São Paulo, a Olavo Pezzotti, na Vila Madalena.

O trabalho de inclusão que a professora Rosa vinha fazendo era tão bom que a Luísa se diluía nos meio da muvuca de tal forma que ficou difícil curá-la do piolhos coletivos.

Ela era tão abraçada e beijada que os piolhos se reciclavam em sua cabecinha. Eu os exterminava, eles voltavam.

Sentia ódio daqueles piolhos que nunca iam embora definitivamente. Mas ficava feliz por saber que piolhos só aparecem onde há muitas crianças, de todos os tipos, juntas! Para eles, assim como a meninada da escola teve oportunidade de aprender, criança é tudo criança. Elas se embolam, brigam e brincam. Com ou sem deficiência

Cristiana Soares
cristiana.sr@gmail.com
http://cidadao-pc.blogspot.com

quinta-feira, 12 de abril de 2012

III Conferência Municipal das Pessoas com Deficiência

Niterói realizará nos próximos dias 25 e 26 de abril de 2012, a III Conferência Municipal das Pessoas com deficiência na Unilasalle - Rua Gastão Gonçalves, 79 - Santa Rosa - Niterói - RJ.
O tema central da III Conferência, conforme orientação do Conselho Nacional dos Direitos das Pessoas Portadoras de Deficiência - CONADE será: "Um olhar através da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, da ONU: Novos Desafios e Perspectivas".
A programação do evento é a seguinte:

·         25/04/2012
Ø      15h às 17h - Credenciamento
Ø      17h às 18h30min - Leitura e aprovação do regimento interno
Ø      19h às 20h - Mesa de abertura com presença de autoridades
Ø      20h às 21h - Mesa Redonda - Tema: "Um olhar através da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, da ONU: Novos Desafios e Perspectivas", tendo como palestrantes: O Representante do CONADE e o Doutor Geraldo Nogueira, integrante da Comissão dos direitos das pessoas com deficiência da OAB.
·         26/04/2012
Ø     8h às 9h - Credenciamento
Ø      9h às 13h - Grupos de Trabalho
Ø      13h às 14h30min – Almoço
Ø      14h30min às 18h30min - Plenária Final, eleição dos delegados para a Conferência Estadual das Pessoas com Deficiência.
Ø      18h30min - Encerramento.

Os grupos de trabalho terão como temas:
1. Educação, esporte, trabalho e reabilitação profissional, tendo como mediador o senhor Luiz Cláudio Pereira;
2. Acessibilidade, comunicação, transporte e moradia, tendo como mediador o Senhor Luiz Cláudio Pontes
3. Saúde, prevenção, reabilitação, órteses e próteses, tendo como mediador o senhor Paulo Eduardo Gomes
4. Segurança, acesso à justiça, padrão de vida e proteção social adequada, tendo como mediador o Doutor João Carlos Brasil de Barros.

Por fim, a referida conferência tem por finalidade discutir as novas perspectivas e os desafios na implementação da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, da ONU e analisar os obstáculos e avanços da Política Nacional para Integração das Pessoas com Deficiência, constituindo-se no fórum máximo de participação da sociedade civil e governo, com o objetivo de avaliar a Política Municipal das Pessoas com Deficiência e propor diretrizes para o seu aperfeiçoamento na cidade de Niterói, além disso, serão escolhidos 20 delegados, sendo 10 governamentais e 10 da sociedade civil para participarem da etapa estadual.
Para maiores informações consulte a Secretaria executiva dos conselhos nos telefones: 2622-1961, 2620-1793

terça-feira, 10 de abril de 2012

AFAC é autorizada a distribuir 500 óculos por mês em Niterói

A Associação Fluminense de Amparo aos Cegos (AFAC), em Niterói, começou a funcionar este mês como polo estadual de distribuição de óculos. A deliberação foi da Secretaria de Estado de Saúde, que autorizou a associação a fornecer  até 500 pares por mês para pessoas com problemas oftalmológicos.
A meta pricipal é atender aqueles que não são beneficiados pelo projeto "Olhar Brasil" do Governo Federal, cujo objetivo é identificar problemas visuais  em alunos  da rede pública de Ensino Fundamental, nos integrantes do programa "Brasil Alfabetizado" e na população acima de 60 anos.
Por isso, só terá direito  aos óculos o paciente do SUS com encaminhamento feito através do Sistema Estadual de regulação dos municípios não contemplados  pelo "Olhar Brasil".
O presidente da AFAC, Omar Luis Rocha, diz que essa é mais uma vitória da associação, que ano passado completou 80 anos.
Os dados do Ministério da Saúde mostram que 30% das crianças em idade escolar e 100% dos adultos com mais de 40 anos apresentam problemas de visão que interferem em seu desempenho diário e , consequentemente, na autoestima, na inserção social e na qualidade de vida.
Não há estimativa de pacientes para esse novo serviço, que se somará agora às atividades de dispensação de órteses (lentes, lupas, binóculos e monóculos) e próteses oculares - a associação é a única instituição do Rio habilitada pelo Ministério da Saúde para exercer essa distribuição.
AFAC  - Rua Padre Leandro, 18 - Fonseca . tel: 27172822 / 27224998  Ramal 204