segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Colete reforça a estrutura da coluna vertebral de um menino de 11 anos

Divulgação
Peça é feita de neoprene e tem ainda estruturas de arame e espuma
O coletivo carioca OEstudio mostrou em seu desfile de inverno 2010, na última quinta (22), como a moda pode se aliar à tecnologia no desenvolvimento de peças que, além de simplesmente cobrir o corpo, podem ter uma função inclusiva e social.

Em parceria com Instituto Nacional de Tecnologia (INT), a grife desenvolveu para Uênio, menino de 11 anos com paralisia cerebral e que tem a estrutura óssea deformada por uma escoliose grave (ele não consegue erguer o esqueleto), um colete que reforça a estrutura da coluna vertebral.

A peça é feita de neoprene, com estruturas posteriores e laterais em arame e espuma, e uma espécie de gola para sustentar, como explica a estilista da grife, Anne Gaul.
- Ele vê o mundo horizontalmente, e a gente desenvolveu uma peça de vestuário que ajuda a ficar com o corpo mais ereto e enxergar as coisas de outra forma.

Esse trabalho faz parte do Projeto Escola Inclusiva que desenvolve tecnologias de acessibilidade na rede pública de ensino do município de Niterói (RJ), facilitando o processo de inclusão digital e social.
Financiado pelo INT, o colete, por enquanto, é uma peça única, desenhada especificamente para o problema de Uênio. OEstudio usou a tomografia do tronco da criança para acompanhar a maneira que o colete age sobre o corpo do menino. O modelagem do colete, por sua vez, foi trabalhada num modelo físico de gesso, em tamanho real.
- O colete não tem função ortopédica, mas pelo menos irá dar mais dignidade a ele. Além disso, a proposta que peças assim não sejam feias. Essas pessoas também têm todo o direito de ter acesso a um design de qualidade e beleza

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